Eu adoro cinema!. Cinema no cinema, cinema em casa. Eu adoro ver filmes, muitos filmes, bons filmes.
Ontem, eu revi em dvd o filme A Última Tentação de Cristo. Do livro de Nikos Kazantzahis, o filme tem música de Peter Gabriel e direção de Martin Scorsese. Ele, Scorsese não se baseou apenas nos Evangelhos e sim nos conflitos inerentes aos humanos, não reproduziu o real - mas não degenerou, ele recriou, pois não se limitou a contar a história de Jesus segundo a Santa Madre Igreja. Produziu ideias, questionou a visão da própria igreja - a posição da mulher no contexto histórico - a sexualidade humana - o poder e suas relações. Ai, Jesus é personagem e narrador, Ele vê a história de dentro para fora, de fora para dentro.
A retrospeção da vida no instante da morte, o "se eu tivesse sido" pondo em evidência as contradições e as indagações do homem comum, é um dos aspectos que mais detém nossa atenção. Mas era preciso morrer como homem para fundir o humano e o divino. Na parte final o movimento das imagens em cena - movimento lento, quase ondulante, seduz nossa mente e me fez retroceder à obra de Bosch, um óleo sobre tela, Subida ao Calvário.
Bosch que preferiu longinquamente a pintura surrealista do século XX, em tese representou personagens sagradas, mas inventou visões de pesadelos - criou um mundo alucinante e poético e sua expressão mais complexa está na obra a Tentação de Santo Antonio.
Acredito que A Ultima Tentação de Cristo não é um filme de massa, no entanto mexe com as diferenças religiosas, politicas, assim como de sexo, de ideologia, de ética e estética.
Quanto tempo sem comentar né??
ResponderExcluirViajem atrás de viajem! Lendo os textos lembrei das vezes que fomos ao cinema! Precisamos assistir mais filmes!! E vc vai ter que rever comigo esse filme A Última Tentação de Cristo... Até o próximo filme ou o próximo texto!