O espetáculo posterior à queda das bombas desafia o fantástico. As impressões colhidas de sobreviventes revelam um cenário assustador. Meu Deus! Com os ossos à mostra, as vítimas, capazes de se moverem, procuravam familiares entre os escombros, sem, porém, reconhecê-los. Os que podiam caminhar dirigiam-se, em silêncio,à procura de água. Muito maior, porém, que a dor física e o desespero da destruição total de duas cidades, foi a destruição da consciência humana de quem sobreviveu a Hiroxima e Nagasaki.
Hiroxima e Nagasaki não podem ser esquecidas, e nosso querido poeta Vinicius de Moraes nos deixou um sinal de alerta que diz assim:
Rosa de Hiroxima
Pensem nas crianças mudas, telepáticas
Pensem nas meninas cegas, inexatas
Pensem nas mulheres rotas, alteradas
Pensem nas feridas como rosas cálidas
Mas só não se esqueça da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroxima, rosa hereditária
A rosa radioativa estúpida e inválida
A rosa com cirrose a anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume sem rosa, sem nada.
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Meus queridos seguidores, comentem sem moderação.
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